Como achas que seria?
By Tatiana Maria - 22:45
Por Bruna Pires, em http://www.parkourthe.com
Deitada na cama esperando o sono chegar me flagrei com os seguintes pensamentos: como seria minha vida se eu não tivesse conhecido o Parkour? O que eu estaria fazendo, o sedentarismo tomaria conta de mim? E as pessoas que conheci através dos treinos?
Estranho, não consegui digerir as respostas. Elas foram mais ou menos assim: 26 de junho de 2010, um dia como outro qualquer, um dia depois da comemoração do meu aniversário. Beleza. Os próximos dias? Dormir até tarde, estudar um pouco e cursinho à noite, assim iria levando até o resultado do vestibular. Passei. Estaria indo pra universidade, conhecendo o pessoal da minha sala e provavelmente saindo com eles nos fins de semana.
(Quantos fins de semana com festas abdiquei pra estar com o pessoal treinando? Vai saber... Perdi as contas.) Não consegui pensar em nenhum esporte que eu poderia estar fazendo (estaria muito ocupada com a universidade, sabe?!). George, Valtenir, Breno, Franklin, Daniel, Diego, Danilo, Marcos, Dudu, Junin, Pombo, Teinha... Quem são esses caras todos? Um dia quem sabe os conhecerei, enquanto isso vou ali no quartel correr pra queimar alguma calorias. Eu não teria placas no pescoço (quer dizer, qualquer um esta suscetível a um acidente de carro, por exemplo). Runzão, Encontros.. Encontro Nordestino de Parkour... Fala sério, isso existe mesmo? Um bando de loucos juntos pra ficar pulando as coisas, só pode! Deixa eu ir ali pra Fortaleza pro meu congresso de reprodução animal. Não conheço ninguém em Fortal, mas tem meus amigos da universidade, vamos todos ficar alojados na estadual de lá ou em algum hotel perto de onde serão as palestras, por falar em ‘perto’ estou bem perto de muitos picos legais. Eu disse picos? Quis dizer ‘de muitos locais que nem percebi quando passei por eles’ (se é que passei por algum deles). Estou também perto de casas de algumas pessoas que treinam, mas eu não conheço nenhum deles mesmo. Pois é, menos de uma semana em Fortaleza e eu nem conheci a cidade direto, acabou o congresso, de volta pra Teresina. Que bacaaaaana, a universidade tá de greve, deixa eu aproveitar. (E fazer o que? Não tenho que acordar cedo pra assistir aula, vou dormir até as 16hs, correr no quartel e esperar algum convite do povo da minha sala pra sair à noite).Estranho, não consegui digerir as respostas. Elas foram mais ou menos assim: 26 de junho de 2010, um dia como outro qualquer, um dia depois da comemoração do meu aniversário. Beleza. Os próximos dias? Dormir até tarde, estudar um pouco e cursinho à noite, assim iria levando até o resultado do vestibular. Passei. Estaria indo pra universidade, conhecendo o pessoal da minha sala e provavelmente saindo com eles nos fins de semana.
:/ Acho que seria basicamente isso. Um tanto sem graça pro meu gosto! Essa ideia já deve ter tomado conta dos pensamentos de muitos de nós, assim como a ideia de um dia a idade não nos permitir fazermos mais as mesmas coisas ou, no pior dos casos (sim, pior dos casos. Penso assim: idade é algo natural, todos atingiremos a ‘melhor idade’ (assim espero) e não podemos fazer nada quanto a isso. Agora imagina você no auge dos seus 20 anos, treinando a 5 anos e por algum motivo tem um problema na coluna, sei lá. Você tem força, tem fôlego, tem físico, mas não pode usa-los.) a idade permitir, mas algum problema de saúde não.
Deixo aqui juntamente com meus pensamentos a seguinte pergunta: ‘E para você, como achas que seria?’
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