Por Camila Lopes.
(Texto escrito ao som de
Dominguinhos :D)
Nunca havia sentido um Sol tão
forte...
Mas talvez não tenha sido só o Sol...
Voo com parada em Campinas e destino em Salvador pra pegar um ônibus e quatro
horas de viagem até Sergipe... Tão distante de tudo... Tudo era forte, e também
a emoção do novo... Eu olhava e não reconhecia direito o ar das coisas... Feliz
do primeiro que disse que há vários Brasis num só...
O cansaço, as horas de sono, o sacolejar do ônibus, tudo valeu a pena... O
desejo de visitar a região onde sinto que estão enterradas as origens do meu
país não correspondia à minha nunca ida até lá. Então resolvi aproveitar o
encontro e matar logo três dos meus desejos: treinar com gente nova, ir a todos
os encontros femininos que eu pudesse e conhecer uma terra tão querida. Juro
que caiu um cisco no meu olho quando cheguei em Salvador. E outro
ainda maior quando pus meus pés em Aracaju...
Aproveitar a boa-vontade das
pessoas foi a coisa mais bonita desse encontro. Peço desculpas a você leitor se
falo mais de pessoas do que de treinos ou picos. É que sinto que há certas
prioridades... Não sou uma puta traceusse, mais por minha preguiça mesmo. Então
tenho a mania de enxergar mais as pessoas que os movimentos ;).
O ar, a comida diferente, o Sol
que queima, o vento fresco, os sorrisos, o MARAVILHOSO sotaque nordestino que é
música pros meus ouvidos – eu, filha de maranhense e estudante de Letras – e ao
mesmo tempo a sensação de estar em casa, a satisfação de estar entre amigos, as
amizades feitas, os laços. O ACOLHIMENTO que tive. E falo especialmente por mim
e pela Tati – as duas sulistas do encontro rs. Só trago a gratidão desse momento,
que guardo profundamente. Que é mais importante que – veja só! – a minha
“espetacular” subida no muro mais alto da minha história de traceusse rs.
E eu sempre vi o povo nordestino
como um povo forte – confirmei isso pessoalmente. Aplaudo especialmente a força
e resistência das meninas, a dedicação com os treinos, e a ajuda prestada. O
super-desafio físico – que vou guardar pra fazer periodicamente (vou fazer!
rs), as escaladas, climbs, precisões, o “cara, mas eu já to exausta!” e ver as
meninas ainda treinando, isso foi muito gostoso de ver. Eu duvido que o cansaço
dos músculos e dos ossos não tenha sido muito bem aproveitado e deliciosamente
sentido. Eu senti. Porque cansaço é muito bem sentido quando se faz o que se
gosta.
A coisa mais meiga – e que pena
que perdi com o tempo! – foi adquirir um leve sotaque nordestino... Confesso
que gostaria de mantê-lo um pouco mais...
Peço perdão porque demorei um
pouco a escrever... É que o tempo me faz ver melhor as coisas e sentir melhor a
vida vivida... E a saudade me faz escrever melhor J. Espero todas vocês
aqui no Rio, são todas muito bem-vindas!
À Aracaju, o meu carinho! Camila
L.
2 comentários
Ouvindo Dominguinhos.... rs!!
ResponderExcluirque pena que faltei dessa vez mas próximos estarei com vcs parabéns a todas .....um grande abraço a todos(a) !!!
ResponderExcluire rapaz deu foi menina viu em Bruninho...oxente se oriente...kkkk(bricadeira broder).