Relatos de uma viagem inesquecível

By Tatiana Maria - 00:50

Por Rebeca Medeiros, publicado em http://elasnoparkour.blogspot.com/


Como diz o ditado “antes tarde do que nunca” eu não poderia deixar de passar a minha versão sobre a maravilhosa trajetória de treinos que passei com a traceuse Tatiana Maria na vinda dela ao Recife-PE .
Bem...os planos eram para que ela treinasse nos pontos turísticos do nosso estado, mas os cactos* de João Pessoa falaram mais alto, e como eu não podia perder a oportunidade, fui conhecer essa “caatinga” (bastante moderna até) com a ajuda financeira de Tati, que aliás, serei eternamente grata pela melhor experiência em treinos que passei nos meus 11 meses de parkour.


Primeiramente tem a chegada à rodoviária, onde a expectativa era gravar as meninas nos esperando, esse foi um dos acontecimentos mais engraçados, ver a cara de Tati falando: “UÉ! CADÊ ?” Fato:  As meninas ainda estavam na estrada com o carro (se atrasaram por  motivos pessoais... mas, isso não vem ao caso), tudo deu certo,  minutos depois chegou a Lany no volante, aparentemente séria, mas me enganei , a bicha tem talento pra circo. Juliana com aquele rostinho angelical, super simpática (mó gente fina), nos recebeu muito bem na sua casa pra um lanche reforçado, onde em seguida puxaríamos um treino... Aliás, meus parabéns pros parquinhos de Jampa, lá tem uns murinhos massas que dão pra fazer uma variedade de movimentos, que não se encontram na maioria das praças públicas aqui em Recife.
As meninas chegaram à barra e foi só tati da o 1º planche que uns garotos que estavam lá saíram com o rabo entre as pernas. Também, até David “o potter-como chamam aqui ” (meu namorado-traceur de Recife) disse que quando viu o braço de Tati se sentiu pequeno.


Bem, como trabalhava de madrugada todos os dias e passava a manhã e parte da tarde dormindo , eu só tinha tempo para treinar nas noites de segunda e quarta no Ginásio de Esportes do Geraldão, onde lá nós dispomos de materiais de ginástica olímpica, e eu só tinha hábitos de treinar o monkey, rolamentos, precisão, kong, giros, e tal...nada de wall ran,climb, até por que lá não podemos subir nos muros para não sujar a tinta e também evitar acidentes salvo dos equipamentos de treino. Tem uma barra lá, mas eu nunca dei importância em tentar planchar ... enfim... lá as meninas têm uma facilidade incrível de subir um muro, têm um braço musculoso e um ótimo flow. Pra mim era tudo novo ali, e como eu havia dito às garotas, eu só treinaria climb e wall ran nessa viagem, mas eu só fiz me arranhar (não é fácil héin! ).



Tenho que fazer mais flexões em casa,  além de ter uma precisão errada e levar duas pancadas no mesmo joelho, mas não posso dizer que não aprendi com isso, melhorei em muitas coisas, principalmente saí de lá mais confiante e as meninas vão ver... eu ainda vou subir um muro em 3 segundos, ou até menos, nuss!  Voltei bastante travada pra casa e ainda participei por acaso da gravação do vídeo chamada (totalmente travada), e fomos  eu, Tati, e David ao Geraldão, onde Tati passou umas flexões monstro, deixando um monte de meninos com o queixo caído, e olha que tanto ela quanto eu estávamos super cansadas de tanto treinar em Jampa, fala sério, treinamos  “literalmente”  o tempo todo enquanto estivemos lá. Só parávamos para dormir e fazer as refeições  (estrogonofe...humm!...e o suquinho da tia... delícia!). Tipo, esse foi só o resumo geral sobre a minha viagem, agora é a hora de especificar as garotas.
     
 Tatiana Maria



A Tati tem uma gargalhada muito gostosa de ouvir, adora falar bem das pessoas, e principalmente citar o nome dos seus amigos abreviados  “JC, JP, PC...” . Ela é o tipo de pessoa que dá prazer de estar junto e não me surpreende o fato dela ter amigos em todos os lugares. IRMÃ, foi um prazer te receber aqui na casa de David, somos simples, mas como você viu, fizemos bastantes agrados pra você, se pudéssemos te abanaríamos com folha de bananeira (exagero do caramba), e você deixou saudades aqui. Veron adorou você, sua determinação e o jeito como você vê a vida e como treina. Ele sempre cita você em um bom exemplo  aqui nos treinos e esperamos que um dia você venha para treinar aqui no Recife.

Juliana Dantas



Juliana, você é uma monstra (no bom sentido). É bem melhor do que aparenta nos vídeos. A bicha tem um flow tirador de onda, o planche nem se fala , e ainda tive o prazer de ver seu 1º monkey com precisão em um muro alto. Foi uma honra participar desse momento com você e vê-la enfrentando um medo e saindo vitoriosa. Quero ser corajosa assim como você e além de humilde e persistente, agora eu entendo por que você é tão admirada pelos traceurs que estiveram aí no encontro paraibano. Você é 10 mule´.

 Islany Alencar


Lany, Lany, Lany, agora é tua vez... o que dizer de uma garota que nasceu com o dom pra palhaça. Eu nunca ri tanto na minha vida depois de adulta, a bicha é muito engraçada parece bem discreta de 1ª impressão , mas quando abre a boca a gente acaba no banheiro de tanta dor que dá na bexiga. (lembra da última noite?... você fez aquelas palhaçadas deixando eu,  Tati, e Ju sem ar, era tanta dor no músculo e você matando a gente).  Adorei  me instalar na sua casa, fui muito bem recebida por você e sua mãe (beijo mãe! Adorei bater uns papos com a senhora) que sempre estava cuidadosa para que Tati, eu e Ju estivéssemos à vontade. Lá tem uns gatos meio mimados (uma até pariu enquanto estávamos treinando), mas isso não está em questão. A Lany como traceuse é bastante dedicada e busca sempre dar o melhor... é outra monstra.

IRMÃS, hoje eu sei que posso contar com vocês e que se Deus permitir vamos ter uma amizade duradoura. Não posso dizer que não aprendi nessa viagem, por que eu aprendi muito, principalmente a não desistir de sempre dar o melhor de mim, e levo os conselhos e aprendizados que tive nesse pouco e inesquecível tempo com vocês  daqui pra frente em meus treinos.



Como eu não dispenso uma arte...


Aí seguem dois vídeos registrando a nossa viagem ... e também os meus 1º vídeos como traceuse ...


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