Por Patricia Brisa
Não tem como falar do Encontro Cearense “por cima”, no “geral” como dizem. Eu penso que nem tem como falar de tudo, sem esquecer-se de algo. Pois o sentimento às vezes não é traduzido em palavras. Então, vamos tentar.
Houveram imprevistos, dúvidas e preocupações. Tentamos (nós fortalezenses) fazer tudo perfeito para os que vinham de fora e para os que sempre estiveram aqui. Financeiramente algumas coisas não foram possíveis, mas sentimentalmente muita coisa se tornou perfeita. Tiramos, então, o primeiro aprendizado desse encontro, um dos muitos que vou tentar citar aqui: Quando se faz algo com o coração, a chance de se ter algo perfeito se multiplica a cada tentativa. A troca de aprendizado foi grande, como em todos os encontros que já presenciei. A calma de um traceur evoluído em ensinar um iniciante também predominou aliada a euforia de um iniciante em mostrar o que aprendeu e passar isso adiante. Tiramos então, o segundo aprendizado desse encontro: Ninguém nunca é muito pequeno para ensinar e ninguém nunca será muito grande para aprender.
Vimos que o buraco deixado por irmãos que se foram continua lá, provavelmente sempre continuará, intacto. Mas, percebemos que ao lado desse buraco moram nossos amigos com uma cordinha erguida a nós, essa
cordinha tem nome, força! Tiramos, então, o terceiro aprendizado desse encontro: O mundo nunca dará o conforto que a tua família sempre te deu, e nós somos uma família. Então seja forte.
A alegria por conhecer, reencontrar nossos irmãos se fez presente em todos os momentos desses três dias. Tiramos o quarto aprendizado desse encontro: Não importa a distância, não importa quem e como seja. Estamos todos conectados.
Se me pedissem para descrever esse encontro em uma palavra, eu não conseguiria. Cada segundo foi forte, intenso e marcante.
Mas foi no momento de reflexão que os maiores e acredito melhores aprendizados foram de certa forma, jogados na nossa cara, em forma de palavras. Tentarei descrever tudo o que foi dito, tudo que esta e tudo que ficará no meu coração após esse encontro.
“Simplicidade e Família. Levem isso com vocês!”
“Saudade dos irmãos que perdemos esse ano!”
“Às vezes usamos o trabalho, os estudos, a falta de tempo no geral pra justificar nossa falta nos treinos. ISSO NÃO É DESCULPA!”
“União, foi e é o sentimento que predomina entre nós, que assim seja durante todos os encontros, durante toda a nossa vida.”
“NINGUÉM É TÃO PEQUENO PRA ENSINAR E NÓS NUNCA SEREMOS TÃO GRANDE PARA APRENDER.”
Aonde quer que vocês estejam. Levem os abraços, beijos, sorriso e paz que cada um recebeu nesse encontro. E acima de tudo ouçam e guardem o que vou lhes dizer, usem isso no parkour e na vida de vocês:
Ame sua missão!
5° Encontro Cearense de Parkour
Na teoria: Encontro de Traceurs “doentes” por um esporte urbano, ainda hoje mal compreendido, com o mesmo sentimento no coração e na palma das mãos: Evolução.
Na prática: Reunião de irmãos, apaixonados por Parkour! Transmitindo energia pra quem quer que seja, unidos não somente por amor ao esporte.
Patrícia Brisa.
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