Por Rebeca Medeiros, publicado em http://elasnoparkour.blogspot.com/
Nos dias 08 e 09 de outubro foi realizado o Encontro Pernambucano de Parkour , onde dispomos de uma ótima organização e uma estrutura excelente . Além da visita de alguns traceurs de outros estados: PB, RN, AL, SC, SP, CE ... desculpe-me se esqueci de algum.
No 1º dia, tivemos uma concentração no Geraldão para pegar o ônibus às 08:00, oportunidade de conhecer e trocar experiências com o pessoal de fora que veio nos prestigiar. Depois de todos cadastrados no encontro, colocamos uma pulseirinha como identificação para pegarmos o ônibus que iria fazer uma parada no Parque Santana e após no Marco Zero do Recife Antigo.
A 1ª parada foi mais proveitosa . Eu não conhecia o Parque Santana e posso dizer que a estrutura dele é bem semelhante aos parquinhos de João Pessoa. Com certeza foi só a 1ª de muitas vezes que irei treinar ali. A galera aproveitou bastante a área, só que a fome bateu , e como ninguém é de ferro pegamos o buzão e fomos a um self service ... depois que todo mundo tava de pança cheia , hora de ir à Rua da Aurora ...onde ficamos aproximadamente 30 minutos, depois Porto Digital.
E pra finalizar Marco Zero,onde a turma aproveitou mais para tirar fotos, dar uns giros e fazer uma corrida de bananeira muito louca (momento de descontração)... Era fim de tarde e hora de voltarmos pro Geraldão.Pegamos o buzão e chegamos lá com a estrutura já pronta. A galera ficou encantada com a montagem (se mordendo para treinar) , maasss ...os treinos só poderiam ser feitos no dia seguinte. Então, quem tinha de ir pra casa, estava na hora, e quem ficasse iria ao alojamento, longe da estrutura.
2º dia
Primeiramente tivemos uma pequena palestra pelo instrutor Adilson Veron onde entrou em debate a importância do parkour no dia a dia, em geral ,todos os benefícios que o parkour pode trazer as nossas vidas e também todas as precauções a serem tomada antes de mandar um movimento ( ao qual muitas pessoas não tem experiências ou segurança para fazê-lo). Todo mundo teve a oportunidade de expor sua opinião e dar os seus toques, outros falaram em não só ser, mas sim SER e DURAR treinando parkour e outros falaram sobre superação. Pude ver que muita gente teve motivos pra desistir de treinar, mas o amor pela arte,ou modalidade, esporte ... que seja como gostam de chamar, falou muito mais alto. Era uma história mais interessante que a outra destacando as palavras de Paulo Victor de Natal (RN) dizendo que cada um nasceu com a genética diferente do outro . Há movimentos que ele tem facilidade pra mandar outros tem dificuldade, assim como ele também gostaria de fazer movimentos que outras pessoas fazem “brincando” e que não é bom querer ser um melhor que o outro, mas cada um buscar o seu melhor. O Chester de Campina Grande (PB) falou sobre a importância do companheirismo nos treinos e como é bonito ter parceiros pro que der e vier, como é legal quando se mobilizam pra realizar um encontro de parkour que não é nada fácil, tem que derramar muito suor, (que diga Adilson Veron que se dedicou bastante para o evento) e no final vê um sucesso. O Paulo Eduardo de Fortaleza (CE) também tirando as palavras de PV e Chester, falou sobre companheirismo e hospitalidade que é encontrado em cada um de seus amigos de treino. Falou que se sente gratificado quando vai viajar, sempre tem um amigo, não importa em que estado seja, oferecendo casa, comida, picos legais, entre muitas outras coisas que nós traceurs costumamos oferecer uns aos outros, por isso que nos consideramos irmãos de cada um.
Começamos o treino aprox às 09:00 e tivemos workshop divididos entre seis instrutores e auxiliares (Duddu (AL) e Ítalo (PE) / Chester (PB) e Veron (PE) / David Potter (PE)e Juninho (CE) / Paulo Eduardo (CE) e Jeff (PE) / Paulo Duracell (PE) e Túlio Hoffmann (PE) / Paulo Victor (RN) e Dayvid Moose (PE) .Comecei no 1º grupo que era o de Duddu ... aff! O cara corre e é fluente demais, perdi metade do meu fôlego para os próximos 5 grupos que iria enfrentar . O danado tem um pique de admirar e é muito focado em tudo que faz, gostei de conhecê-lo dessa maneira , principalmente na prática. O Chester já é mais relax , cuidadoso, toda tentativa que eu fazia pra mandar um movimento pra ele já era um ótimo esforço. David, eu já nem digo, porque sempre estou treinando com ele. Pra ele eu poderia ser melhor que sou agora, sempre exigente, gosta de buscar a perfeição. Uma coisa que a Juliana (JP) havia dito a mim, o seu ex-namorado, também traceur, o Maurício (BSB) sempre exigia melhoras dela, esse é o ponto negativo de treinar com os namorados, ou até positivo, pois eles conhecem o nosso potencial mais que qualquer pessoa. Paulo Duracell, Paulo Eduardo e Paulo Victor são mais pacientes (isso deve ser característica deles), assim como observei no Chester. Depois do workshop tivemos treino livre . Os garotos estavam com adrenalina a mil mandando aqueles giros monstruosos, os flows, toda a estrutura foi muito bem aproveitada no treino livre.Tive o imenso prazer de conhecer a Priscila de Maceió , que parece que os pés deslizam feito patins quando corre . Nós puxamos um flow e ela disse que eu a seguisse, beleza! Quando eu olhei pra frente, cadê ela? ... A garota também me deu o maior apoio pra eu mandar uma precissão no ferro (que estava no alto), apoios esses que são comuns em colegas de treino. Também tem o Ruan Samir que era o mister simpatia dali e o Duh (PB) que me deu uma camisa linda. Prometo que quando for João Pessoa te levo uma camisa de presente ...ha! e quero treinar com a Mylena, você falou muito bem dela.
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