Reflexões (Hyna)

By Carolinne Goes - 23:32

Por Hyna

As pessoas vão e vêm, mas são limitadas... e nós vamos e voltamos sem limites.
O Parkour veio com a intenção de quebrar estes limites...
Afinal porque ser barrado por algo que você faz simplesmente por não ser comum?
Eu como uma traceuse pratico uma arte em que você usa seu corpo como instrumento principal, seus braços e suas pernas se transformam em portões e escadas... e assim como outras artes está sendo julgada como algo ruim simplesmente por não ser comum.
Mas o que muitos não entendem é que há uma filosofia e uma disciplina enorme por trás da nossa prática.
Eu não subo muros, pulo escadas, me penduro em parapeitos, mas SIM supero obstáculos e ultrapasso barreiras.
Eu não destruo monumentos históricos, não danifico árvores... o que eu faço é admirá-los e encontro neles beleza e utilidade para me deixar mais forte .
O que tem de mal em transformar algo que deveria ser um empecilho em algo que vai me ajudar a ganhar mais destreza e equilíbrio?
O arquiteto transforma a cidade em arte, e eu transformo esta arte em força e coragem.
Eu não caminho contra a sociedade, o que acontece é que enquanto eles estão indo eu já fui e já estou voltando.
O corpo e a mente trabalham juntos, um ajudando o outro, quando a mente pensa não estar preparada para algum desafio, o corpo demonstra resistência e prova estar pronto, e quando o corpo tem medo a mente domina e mostra estar preparada.
O importante é o Parkour ser visto como algo extremamente útil e autônomo. Porque afinal em uma cidade em que você encontra portas fechadas, nós temos que fazer nossos próprios caminhos.

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